19/12/2024 - 10h26m
Síntese do Mercado de Açúcar .
A safra brasileira de cana-de-açúcar 2025/2026, que se iniciará em 10/04/2025, está estimada pela nossa Consultoria em 662,3 milhões de toneladas, redução de 4,0% em relação à safra atual.
A expectativa é de que os investimentos feitos pelas usinas nas últimas safras se reflitam e o mix de açúcar deverá chegar aos 51,5%, com 48,5% da moagem destinada à fabricação de etanol.
No acumulado da safra 2024/2025 (abril de 2024 a março de 2025), a moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil até 1o/12/2024, atingiu 602,9 milhões de toneladas, queda de 2,7% ante o mesmo período da temporada 2023/2024.
A produção brasileira de cana-de-açúcar na safra 2024/2025 está estimada em 678,6 milhões de toneladas, redução de 4,8% ante à safra 2023/2024.
A área colhida teve crescimento de 4,3%, atingindo 8,7 milhões de hectares na safra 2023/2024.
A produtividade média registra queda, com previsão de 78.048 Kg/hectare, redução de 8,8% comparada com safra passada (85.580 Kg/hectare).
Essa redução decorre do impacto das condições climáticas adversas, como baixos índices pluviomeétricos e altas temperaturas, especialmente na região Centro- Sul, responsável por 91% da produção nacional.
O Indicador do açúcar cristal CEPEA/ESALQ (cor Icumsa de 130 a 180) está cotado a R$ 160,77 por saca de 50 Kg, com recuo de 2,9% nos últimos 30 dias, mas com alta de 5,3% em 12 meses.
A movimentação no mercado spot costuma ser mais calma neste período de final de ano, com preços apresentando pouca volatilidade.
A variação mais forte de preços observada nos últimos dias pode ser resultado de negociações pontuais a valores mais baixos.
As indústrias têm limitado as retiradas de açúcar aos contratos, movimentando baixos volumes.
Na Bolsa de Nova York (ICE US), os contratos do açúcar demerara para os vencimentos de 2025 recuaram para a faixa entre 18 centavos e 20 centavos de dólar por libra- peso, com retração média de 5% nos últimos 12 meses.
A Índia deverá produzir volume recorde de açúcar na safra 2025/2026, depois que agricultores expandiram o cultivo de cana-de-açúcar, encorajados por ampla oferta de água e preços em queda de safras concorrentes.
Essa recuperação da produção permitiria que o 2o maior produtor global de açúcar retomasse as exportações em 2025/2026, depois que a falta de chuva reduziu a produtividade da cana e levou a dois anos de restrições de exportações da commodity.
Fonte : COGO Inteligência em Agronegócio