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Açúcar  :  Tendências de Mercado em 2025 /2026 

05/12/2024 - 11h18m

       Açúcar  :  Tendências de Mercado em 2025 /2026 

  • Açucar ; Tendências de Mercado em 2025/2026 

  • Na Bolsa de Nova York (ICE US), os contratos futuros do açúcar demerara indicam tendência de baixa no longo prazo, oscilando entre 19 centavos e 21 centavos de dólar por libra-peso nos contratos futuros com vencimentos em 2025 e 2026, ante 22 centavos a 26 centavos de dólar por libra-peso, vistos ao longo de 2023.

  • No primeiro semestre de 2025, as cotações futuras deverão permanecer relativamente sustentadas, oscilando entre 21 centavos e 22 centavos de doólar por libra-peso.

  • Mesmo levando em conta a expansão esperada na produção de açúcar na Índia, Tailândia, China e Europa, o mercado global de açúcar dependerá fortemente da produção do Centro-Sul do Brasil.

  • Com isso, qualquer redução na expectativa de safra da região pode levar a uma queda no fluxo de comércio global e fortalecimento nos preços globais do açúcar.

  • A crescente produção de etanol na Índia poderá afetar a oferta global de açúcar, considerando que o país não deverá exportar a commodity na próxima temporada.

  • Atualmente, o custo de produção no Brasil está entre 16 centavos e 17 centavos de dóar por libra- peso, enquanto na Índia varia entre 20 e 22 centavos de dólar por libra-peso.

  • O comportamento do Real será um fator importante para se avaliar o impacto da eleição de Donald Trump sobre o açúcar e as demais commodities.

  • Os efeitos serão maiores especialmente se Trump implementar tarifas de importação mais rigorosas, o que poderia afetar economias exportadoras como as do Brasil.

  • Em 2016, quando Trump venceu Hillary Clinton na eleição norte-americana, o índice do dólar teve uma forte valorização de 6% entre novembro e dezembro, enquanto o Real brasileiro rapidamente se desvalorizou em 10%, estabilizando-se em uma queda de 5,37% até o fim do ano.

  • Esse movimento acabou pressionando os preços do açúcar, que caíram 16,9% em poucas semanas.

  • Outro fator importantes para a temporada 2025/2026 é o rumo dos preços do petróleo: se os valores continuarem em declínio, desestimulam a fabricação de etanol e estimulam a de açúcar.

  • O preço do petróleo tipo Brent tende a cair de US$ 5,00 a US$ 9,00 por barril nos próximos 12 meses com a grande oferta mundial da commodity, sobretudo de países que não são membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), e problemas de demanda devido a incertezas econômicas na China e Europa.

  • Essas questões podem se agravar caso o novo governo Donald Trump nos Estados Unidos adote tarifas sobre importados da China e da Europa.

  • Essa perspectiva é viável porque não deverá ocorrer um agravamento dos conflitos militares no Oriente Médio, principalmente entre Israel e Irã.

  • Os esforços dos membros da Opep com cortes voluntários da produção de petróleo neste ano geraram reduções de estoques e pressões de alta dos preços, o que deve levar em 2024 a um déficit de 310 mil barris diários da oferta ante a demanda global da commodity.

  • Essa situação deverá se reverter em 2025, com um superávit de 50 mil barris diários do fornecimento do combustível ante a demanda.

  • O preço médio do Brent deverá cair de US$ 79 por barril em 2024 para US$ 70 por barril em 2025.

  • Há uma grande expansão da oferta do petróleo por países que não participam da Opep, especialmente dos Estados Unidos, Brasil e Guiana.

  • Por outro lado, a demanda mundial da commodity enfrenta vários obstáculos macroeconômicos, sobretudo na China, com a profunda crise do setor imobiliário que reduz o consumo e exerce uma forçaa desinflacionária no país.

  •  O crescimento modesto da UE também é outro problema para o aumento do consumo de petróleo.

  • A China foi o principal motor de expansão da demanda mundial de petróleo neste século, mas ela está em uma diferente era, pois atingiu o pico o seu consumo de gasolina e de diesel.

  • Isto ocorreu por causa de dificuldades para a expansão do seu Produto Interno Bruto e devido à eletrificação do transporte no país, o que se tornou uma questão ambiental e de segurança energética: 50% das vendas de carros novos na China são de veículos elétricos

  • Fonte : COGO Inteligência em Agronegócio