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Açúcar tem preços sustentados com baixa oferta e possibilidade de mais alta até a nova safra abril 2025.

21/10/2024 - 20h59m

Açúcar tem preços sustentados com baixa oferta e possibilidade de mais alta até a nova safra abril 2025. Charbel Felipe 

Açúcar: preços em alta com a demanda aquecida 

Em São Paulo, os compradores demonstram maior interesse em novas negociações envolvendo o açúcar cristal branco no mercado spot. Esse movimento ajuda a manter os preços em alta, uma vez que as usinas continuam restringindo a oferta, especialmente do Icumsa 150, devido tanto ao grande volume comprometido com as exportações quanto à queda na produtividade causada pelas queimadas no Estado, que prejudicaram as lavouras em agosto. O Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, está cotado a R$ 155,40 por saca de 50 Kg, avanço de 3,6% nos últimos sete dias.

Nos últimos sete dias, a média do Indicador foi de R$ 152,68 por saca de 50 Kg, aumento de 3,4% frente à média do período anterior (R$ 147,67 por saca de 50 Kg). As exportações brasileiras de açúcar continuam em forte ritmo neste mês. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a média diária do volume de açúcares e melaços embarcados pelo Brasil nas duas primeiras semanas de outubro de 2024 superou em 33,6% a do mesmo período do ano passado. No mercado internacional, os preços do açúcar demerara na Bolsa de Nova York caíram com certa força no dia 16 de outubro, influenciados por previsões indicando chuvas nas principais regiões canavieiras do Brasil.

No entanto, as previsões de chuvas intensas e abrangentes foram alteradas para chuvas localizadas, o que proporcionou um suporte e resultou em leve recuperação nos preços. Assim, o contrato Março/2025 na ICE Futures está cotado a 22,18 centavos de dólar por libra-peso.Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.

Açúcar: mercado dependente do Brasil até 2025

Segundo a Sucden do Brasil, até o fim do ano que vem, pelo menos, o mercado global de açúcar continuará dependente do Brasil. Mesmo que, no ano que vem, o plantio de cana-de-açúcar na Tailândia esteja mais lucrativo do que o da mandioca e que um clima favorável de monções na Índia projete uma safra de 38 milhões de toneladas de açúcar na Índia, essa melhoria na oferta só chegará no fim de 2025. Desta forma, até que o abastecimento global se estabilize, poderá haver oscilações de preço muito complexas. Mas, pode haver um movimento de preços interessante, que garanta ao produtor boas cotações para a próxima safra.

Os estoques globais da commodity devem fechar o ano justos, sobrando pouco mais de 1 milhão de toneladas. O recuo acentuado nas exportações de açúcar do Brasil daqui para o fim do ano já está precificado pelo mercado. Haverá alguma volatilidade nos preços do açúcar nas bolsas, mas a queda nos embarques já está precificada. Sobre a demanda chinesa de açúcar nos próximos meses, o país asiático de deve comprar menos açúcar. Ao mesmo tempo que haverá uma menor oferta global, a demanda chinesa cairá. A China ampliou a produção de açúcar de beterraba e de cana-de-açúcar. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio