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Desaceleração global deve conter inflação no País

09/09/2022 - 09h01m

Desaceleração global deve conter inflação no País

Desaceleração global deve conter inflação no País

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a desaceleração da economia global, que diminui a demanda e, consequentemente, os preços de commodities agrícolas e minerais, deve manter as próximas leituras de inflação em patamares baixos, tanto as medidas pelos Índices Gerais de Preços (IGPs), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), quanto a apurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pode-se esperar uma continuidade dessas taxas baixas. Não dá para cravar que vai ter queda, mas vai ter taxa baixa, por conta da desaceleração da economia mundial, muito concentrada na China e na Europa. A China é muito importante para a formação de preços de commodities.

 

Além dos grãos e do minério de ferro, o petróleo também tem recuado de preço, deixando os combustíveis mais baratos. O óleo diesel (-5,62%), o minério de ferro (-3,80%) e a gasolina automotiva (-8,83%) puxaram o ranking de contribuições negativas para a deflação no atacado medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de agosto. O IGP-DI saiu de uma queda de 0,38% em julho para recuo de 0,55% em agosto, menor resultado desde novembro de 2021, quando caiu 0,58%. Algumas commodities já caíram tanto de preço que acumulam queda em 12 meses. Isso significa menos custo para a atividade produtiva e menos fôlego para a inflação. Dentro do IGP-DI, no atacado, a soja recuou 1,30% em agosto, com alta acumulada em 12 meses de 4,95%.

 

O milho ficou 1,19% mais caro em agosto, mas tem uma queda de 16,86% em 12 meses. O trigo caiu 6,1% em agosto, mas ainda sobe 27,3% em 12 meses. O minério de ferro caiu 3,8% em agosto, com queda de 38,09% em 12 meses. A desaceleração global vai continuar se estendendo por mais tempo. A queda do petróleo pode até levar a mais cortes nos preços dos combustíveis. Tanto o IGP quanto o IPCA tendem a fechar o ano abaixo do previsto. A projeção para o IGP, que seria de um aumento entre 10% e 10,5% em 2022, pode fechar em 8,5%. Para o IPCA, a taxa esperada anteriormente de 6,6% deve ficar mais próxima de 5,7%. Nos 12 meses terminados em agosto, o IGP-DI acumulou um avanço de 8,67%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.